As placas tectônicas
A crosta do nosso planeta é dividida em cerca de 20 pedaços, conhecidos como placas tectônicas. Essas placas encontram-se sobre o manto, a camada interior da Terra que é formada por material gelatinoso. O núcleo da Terra aquece o material do manto, que se torna mais leve e sobe. Ao subir, ele esfria, fica mais pesado e desce. Assim acontece a movimentação do material aquecido no interior do nosso planeta, as chamadas correntes de convecção. Elas movimentam as placas tectônicas, que podem se afastar uma das outras ou chocar-se. Como os continentes encontram-se sobre as placas tectônicas, acompanham o movimento.
No hemisfério Sul, há cerca de 150 milhões de anos, no período chamado Jurássico, as correntes de convecção dividiram em pedaços o megacontinente Gondwana. Elas fraturaram a crosta terrestre e separaram a América do Sul, África, Austrália, Antártica e Índia. Nas regiões de Gondwana, que hoje são Brasil e África, as correntes de convecção formaram fissuras e fraturas na crosta terrestre, o que gerou derramamento de lava. A ação contínua dessas forças também rompeu completamente a crosta terrestre e formou o oceano Atlântico. Porém, ele não parecia o vasto mar que é hoje: a fragmentação de Gondwana formou apenas um pequeno oceano, que só cresceu quando Brasil e África começaram a se afastar de forma gradual há, aproximadamente, 135 milhões de anos.
Quem pensa que Brasil e África já encontraram sua posição no globo terrestre depois de tantos milhões de anos em movimento, engana-se! As placas tectônicas sobre as quais os dois países estão localizados continuam a se afastar com velocidade média de dois centímetros por ano. Como o movimento das placas tectônicas é bastante lento em relação às dimensões da Terra, nós não percebemos a movimentação dos continentes. Mas equipamentos sensíveis comprovam que eles se movem.
Então, fica combinado: quando você for à praia, lembre-se que lá do outro lado do Atlântico encontra-se o continente africano. Não dá para avistá-lo, mas é possível pelo menos imaginar que ele afasta-se bem devagar do Brasil. Se por um momento você desequilibrar... Levanta, sacode a areia e não inventa que é o Brasil avisando que também está em movimento, distanciando-se da África. Esse afastamento é impossível de ser sentido por nós, viu?
Ciência Hoje das Crianças 116, agosto 2001
Alexandre Uhlein,
Instituto de Geociências,
Universidade Federal de Minas Gerais
Beijos,
Pollyana.
6 de abril de 2008
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5 comentários:
pollyana adorei esse textoo
Polly, gostei muito do texto, é bem interessante
Polly,
o texto é muito bacana é bom para a gente estudar, né!!!
Abraços
Maria Luiza
XOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXO
Pollyana , adorei esse texto , é muito bacana , e muito útil
Abraços : Júlia Macholl Brant
XOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOXOOXOXOXOOXXO
que texto informativo,hein?
VALEU Polly!!!!!!!
Bjs
Clara
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