21 de maio de 2008

A historia de Belo Horizonte

Belo Horizonte é um município brasileiro e a capital do estado de Minas Gerais.
Cercada pela Serra do Curral, que lhe serve de moldura natural e referência histórica, foi a primeira cidade planejada do Brasil. A cidade é uma mistura de tradição e modernidade e destaca-se pela beleza de seus conjuntos arquitetônicos e uma rica produção artística e cultural.
De acordo com estimativas de 2007, sua população é de 2.412.937 habitantes[1], sendo a sexta cidade mais populosa do país. Belo Horizonte já foi indicada pelo Population Crisis Commitee, da ONU, como a metrópole com melhor qualidade de vida na América Latina e a 45ª entre as 100 melhores cidades do mundo[2]. De acordo com o recente estudo do IBGE, Belo Horizonte é o quinto maior PIB brasileiro representando 1,32% do total das riquezas produzidas no país[3].
A Região Metropolitana de Belo Horizonte, formada por 34 municípios, possui uma população estimada em 4.934.210 habitantes[1], sendo a terceira maior aglomeração populacional brasileira e a terceira em importância econômica da indústria nacional.
Índice
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1 História
1.1 Os primórdios da ocupação da região
1.2 A fundação da capital
1.3 O projeto de Aarão Reis
1.4 A expansão
1.5 A história recente: a partir da década de 80
2 Geografia
2.1 Relevo
2.2 Hidrografia
2.3 Clima
3 Demografia
3.1 Grupos étnicos
3.2 Religião
4 Política
5 Economia e Turismo
6 Cultura
6.1 Música
6.2 Artes Cênicas
6.3 Museus
6.4 Igrejas
6.5 Esportes
6.5.1 Clubes de futebol (em ordem alfabética)
6.5.2 Clubes sociais e de esportes especializados
7 Saúde
8 Educação
8.1 Educação Superior
9 Tecidos Urbanos
9.1 Principais Avenidas
9.2 Praças
9.3 Parques
9.4 Bairros
9.4.1 Bairros com logradouros temáticos
9.5 Regionais
10 Transportes
10.1 Bicicletas
10.2 Veículos particulares
10.3 Ônibus
10.4 Metrô
10.5 Táxis
10.6 Vans
10.7 Transporte Aéreo
11 Espaços Destacados
11.1 Pampulha
11.2 Alto das Mangabeiras
11.3 Savassi
11.4 Centro
11.5 Bares e restaurantes
11.6 Viaduto Santa Teresa
11.7 Feira da Afonso Pena
11.8 Mercado Central
12 Região Metropolitana de Belo Horizonte
13 Problemas Atuais
13.1 A degradação dos cursos d'água
13.2 Violência
14 Curiosidades
15 Cidades irmãs
16 Referências
17 Ligações externas
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[editar] História
[editar] Os primórdios da ocupação da região
Durante a expansão paulista, que cresceu com a descoberta de ouro, o bandeirante João Leite da Silva Ortiz ocupou, em 1701, terras em que estabeleceu a fazenda do Cercado, base do núcleo do Curral del-Rei. Este cresceu ou diminuiu, pela instável divisão administrativa e religiosa. Nas fraldas da Serra do Curral, em 1750, por ordem da Coroa, foi criado o distrito de Nossa Senhora da Boa Viagem do Curral, então sede da freguesia do mesmo nome instituída, de fato em 1718, em torno de capela ali construída pelo Padre Francisco Homem, filho de Miguel Garcia Velho. A freguesia foi oficializada em 1748. Em 1890, o arraial, do município de Sabará, tomou o nome de Belo Horizonte. Com a República e a descentralização federal, as capitais tiveram maior relevo: ganhava vigor a idéia de mudança da sede do governo mineiro, pois a antiga Ouro Preto era travada pela topografia. Assim, foi indicada Belo Horizonte, com o nome de Cidade de Minas.
[editar] A fundação da capital
O apogeu de Ouro Preto perdurou até o fim do século XVIII, quando as jazidas esgotaram-se e o ciclo do ouro deu lugar à pecuária e agricultura, criando novos núcleos regionais, inaugurando uma nova identidade estadual.
Ao final do século XIX, o ferro ganha grande importância no cenário econômico mundial e inaugura um novo ciclo econômico em Minas, o ciclo do ferro. A região de montanhas negras que vai de Ouro Preto à região do Curral Del Rey, de reservas próximas aos 15 bilhões de toneladas de minério de ferro, formam um local conhecido como Quadrilátero Ferrífero.
Concomitantemente, a então capital de Minas Gerais, a cidade de Ouro Preto, apresentava dificuldades de acomodar uma expansão urbana, devido à sua localização. Isso gerou a necessidade da transferência da capital para outra localidade. O Congresso Mineiro reunido em Barbacena, em sessão de 17 de dezembro de 1893, indicou pela lei n. 3, adicional à Constituição do Estado, as cidades de Juiz de Fora, Barbacena, Várzea do Marçal, Paraúna e Belo Horizonte como locais propícios à instalação da nova capital, depois que se ouvisse o parecer da Comissão Construtora, chefiada pelo engenheiro Aarão Reis, que optou por Belo Horizonte. Seu território foi desmembrado de Sabará e inicialmente foi denominada Cidade de Minas. A capital do estado foi oficialmente transferida em 12 de dezembro de 1897 durante o governo de Crispim Jacques Bias Fortes, já com o nome de Belo Horizonte.
O local escolhido oferecia condições ideais: estava no centro da unidade federativa, a 100 km de Ouro Preto o que muito facilitava a mudança, acessível por todos os lados embora circundado de montanhas, rico em cursos d’água, possuidor de um clima ameno, numa altitude de 800 metros. A área destinada à nova capital parecia um grande anfiteatro entre as Serras do Curral e de Contagem, contanto com excelentes condições climatológicas, protegida dos ventos frios e úmidos do sul e dos ventos quentes do norte, e arejada pelas correntes amenas do oriente que vinham da serra da Piedade, ou das brisas férteis do oeste que vinham do vale do Rio Paraopeba. Era um grande vale cercado por rochas variadas e dobradas, com longa e perturbada história geológica, solos rasos, pouco desenvolvidos, de várias cores, às vezes arenosos e argilosos, com idade aproximada de 1 bilhão e 650 milhões de anos. Projetada pelo engenheiro Aarão Reis entre 1894 e 1897, Belo Horizonte foi a primeira cidade brasileira moderna planejadaEntretanto, Aarão Reis não queria a cidade como um sistema que se expandiria indefinidamente. Entre a paisagem urbana e a natural foi prevista uma zona suburbana de transição, mais solta, que articulava os dois setores através de um bulevar circundante, a avenida do Contorno, bastante flexível e que se integrava perfeitamente na composição essencial. A concepção do plano fundia as tradições urbanísticas americanas e européias do século XIX. O tabuleiro de xadrez da primeira era corrigido por meio das amplas artérias oblíquas, e espaços vazios, uma preocupação constante com as perspectivas monumentais que provinha do Velho Mundo, com marcadas influências de Haussmann. Belo Horizonte surgia como uma tentativa de síntese urbana no final do século XIX. O objetivo de se criar uma das maiores cidades brasileiras do século XX, era atingido. Porém, o plano de Belo Horizonte pertencia a sua época, seu conceito estava embasado em fundamentos do século anterior, encerrava um período, mais do que iniciava outro. Mostrava preocupações com a pesquisa urbanística, arquitetônica e construtiva bastante excepcionais para a sua época. Sem dúvida indicou uma tendência promissora para o urbanismo no Brasil. Quando foi inaugurada em 12 de dezembro de 1897, Belo Horizonte contava com 25.000 habitantes. As novas construções se opunham ao barroco colonial, tentando apagar as lembranças do passado. O Brasil independente buscava seu estilo no ecletismo desse tempo. Os primeiros conjuntos urbanos se definiam. A Praça da Liberdade aparecia como grande paço municipal, com as Secretarias de Estado e o Palácio do Governo. O Parque Municipal, embora com seu traçado inicial modificado, se implantava no local previsto. A Praça da Estação, a Avenida Santos Dumont, a Rua da Bahia e a Avenida Afonso Pena, faziam parte de diversas imagens de época que contavam a trajetória da cidade.
A expansão urbana extrapolou em muito o plano original. Quando foi iniciada sua construção, os idealizadores do projeto previram que a cidade alcançaria a marca de 100 mil habitantes apenas quando completasse 100 anos. Em 1997, ano do centenário, a cidade possuía mais de 2 milhões de pessoas. Essa falta de visão se repetiu em toda a história da cidade que jamais teve um planejamento consistente que previsse os desafios da grande metrópole que se tornaria.
Aos poucos, pequenas fábricas instalaram-se, a energia elétrica ampliou-se, as obras foram retomadas, os transportes melhoraram e começaram a surgir praças e jardins que deram uma nova paisagem. O número de empregos cresceu, chegaram novos habitantes, a vida social e cultural começou a se agitar. A indústria ganhou impulso na década de 20 e inauguraram-se grandes obras, surgiram novos bairros, sem planejamento, e com eles, sérios problemas urbanos.
[editar] A expansão


Vista da cidade.
A nova capital foi o maior problema do governo do Estado no início do regime: construída após vencer muitos obstáculos, ela permaneceu em relativa estagnação devido à crise financeira. Ligações ferroviárias com o sertão e o Rio de Janeiro puseram a cidade em comunicação com o interior e a capital do país. O desenvolvimento foi mínimo até 1922.Pelas proclamadas virtudes de seu clima, a cidade tornou-se atrativa, especialmente para o tratamento da tuberculose: multiplicaram-se os hospitais, pensões e hotéis, mas até 1930 exerceu função quase estritamente administrativa. Foi também na década de 1920 que surgiu em Belo Horizonte a geração de escritores de raro brilho que iria se destacar no cenário nacional. Carlos Drumond de Andrade, Ciro dos Anjos, Pedro Nava, Luís Vaz, Alberto Campos, Emílio Moura, João Alphonsus, Milton Campos, Belmiro Braga e Abgar Renault se encontravam no Bar do Ponto, na Confeitaria Estrela ou no Trianon, para

Luiz Felipe http://pt.wikipedia.org/wiki/Belo_Horizonte