24 de junho de 2008

Zumbi dos Palmares

Líder escravo alagoano. Símbolo da resistência negra contra a escravidão, é o último chefe do
Quilombo dos Palmares. Zumbi (1655-20/11/1695) nasce na comunidade de Macaco, na Serra da Barriga, capital de Palmares. Ainda criança é capturado por soldados e entregue ao padre Antônio Melo, que o batiza com o nome Francisco e o torna coroinha. Aos 15 anos foge para Palmares e adota o nome Zumbi (guerreiro). Ascende ao comando militar do quilombo, então governado pelo tio, o rei Ganga Zumba. Após uma investida dos portugueses, Ganga Zumba é obrigado a aceitar a paz sob condições desfavoráveis. Em 1678, Zumbi renega o acordo e provoca uma guerra civil no quilombo. Ganga Zumba sai de Palmares e Zumbi assume seu lugar. Pouco tempo depois, Ganga Zumba morre envenenado. Acredita-se que um partidário de Zumbi tenha sido responsável pelo ato. Este lidera a resistência contra os portugueses, que dura 14 anos. Em 1692 derrota a expedição comandada por Domingos Jorge Velho. Dois anos mais tarde sucumbe aos ataques e foge, mas continua a resistência contra os brancos. Traído, tem o esconderijo descoberto e acaba morrendo numa emboscada.

Matheus

Desigualdade Social no Brasil

Uma charge...
Uma crítica...
Uma cruel realidade...

ZUMBI DOS PALMARES


Zumbi foi o grande líder do quilombo Palmares, considerado herói da resistência anti-escravagista. Estudos indicam que nasceu em 1655 no quilombo, sendo descendente de guerreiros angolanos.

Com poucos dias de vida, foi aprisionado pela expedição de Brás da Rocha Cardoso, sendo entregue depois a um padre, conhecido como Antônio Melo que o batizou com o nome de Francisco.

Aos 15 anos, ele foge da casa do padre e retorna a Palmares, onde muda o nome para Zumbi. Ficaria conhecido em 1673, quando a expedição de Jácome Bezerra foi desbaratada. Um ano antes de sua morte, caiu em um desfiladeiro após ser baleado num combate contra as tropas de Domingo Jorge Velho, que seria mais tarde acusado de matá-lo. Dado como morto, Zumbi reaparece em 1695, ano de sua morte.

Aos 40 anos, ele morre após lutar contra milícias organizadas por donos de terras durante dezessete anos. Durante mais uma incursão comandada por Domingos, Zumbi foi abatido no seu esconderijo descoberto depois da traição de um seus principais comandantes, Antônio Soares, que revelou onde o líder se encontrava.


Dia da Consciência Negra - 20 de novembro

Os negros foram trazidos da África por volta de 1530. Durante mais de 350 anos, a maior parte do trabalho no Brasil foi realizada por essa mão-de-obra escrava. Além de sustentar a economia, eles ajudaram a enriquecer a nossa cultura. Hoje os afro-brasileiros representam quase metade da população e sua influência está presente na música, na dança, na língua, na culinária, no folclore...


Com tantas contribuições para a cultura do país, os negros passaram a valorizar mais a sua identidade. Para preservar essa história tão importante, há cerca de 30 anos se comemora no dia 20 de novembro, o Dia Nacional da Consciência Negra. Nessa data, em 1695, ocorreu a morte de Zumbi, o maior líder dos quilombos de Palmares, que representou a mais forte comunidade de escravos fugidos nas Américas, com uma população de mais 30 mil pessoas. Nessas povoações, eles resistiam ao escravismo e lutavam pela liberdade. Palmares durou cerca de 140 anos.

Você Sabia...

1. Os escravos negros pertenciam a diferentes nações africanas, mas todos chegavam ao Brasil como negros da Guiné. Recebiam esse nome porque os traficantes de escravos chamavam de Guiné a costa ocidental da África, de onde saíam os navios negreiros.

2. Os navios negreiros transportavam entre 100 e 600 escravos por viagem. Homens, mulheres e crianças eram amontoados nos porões das embarcações. Assustados e com muita saudade de casa, muitos morriam durante a viagem.

3. Entre os séculos 16 e 17, nos engenhos de açúcar, os negros trabalhavam de sol a sol, comiam mal, eram castigados e morriam muito cedo, sendo logo substituídos por outros escravos. Aqueles que sobreviviam já eram considerados velhos por volta dos 35anos.

4. Até a Abolição da Escravatura, em 1888, os escravos também trabalharam nas fazendas de café do Rio de Janeiro e de São Paulo e foram a principal mão-de-obra nas fazendas de gado. Além disso, eles faziam todos os trabalhos domésticos, eram sapateiros, ferreiros ou vendedores ambulantes.

5. Durante a escravidão, os africanos reuniam-se em roda para cantar e dançar depois do trabalho. Batiam palmas e tocavam instrumentos de percussão. Aos poucos, a sociedade brasileira assimilou o ritmo dos negros. Por isso se diz que a música popular brasileira nasceu na África.

6. A influência africana também aparece em nossos cultos religiosos. O candomblé, por exemplo, cultua os orixás, que representam diversas forças da natureza e podem simbolizar os ventos (Iansã) ou a água doce (Oxum), por exemplo.

7. Como na época da escravatura, os negros não podiam manifestar sua religião, eles passaram a louvar santos católicos. Assim, Santa Bárbara representava Iansã. Essa união de cultos chama-se sincretismo religioso.

8. A feijoada, originalmente, era uma comida dos escravos negros. Outras delícias trazidas do continente africano são o acarajé, a o caruru e o vatapá, pratos bem comuns na Bahia.

9. A capoeira é uma mistura de várias tradições, principalmente de antigas danças dos povos de Angola. Ela foi usada como uma forma de luta por escravos libertos e chegou até a ser proibida, mas depois acabou virando um jogo com coreografia.

Dica Cultural

MUSEU AFRO BRASIL

As obras que fazem parte deste museu mostram a importância da população negra na nossa sociedade. O acervo é composto de: pinturas; esculturas; fotografias; máscaras usadas por vários povos da África em momentos especiais; peças de ferro utilizadas, por exemplo, como ferramentas de trabalho; instrumentos de castigo contra os negros; peças de cerâmica pintada etc.

Parque Ibirapuera - portão 10 - Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega
Tel.: (11) 5579-8542
Horário: de terça-feira a domingo, das 10 h às 18 h - fecha às segundas-feiras
www.museuafrobrasil.com.br

Disponível em: http://recreionline.abril.com.br/fique_dentro/conhecimento/datas/conteudo_105641.shtml? - (Com adaptações)


Pollyana

Sobre a ONU

Turminha, como sempre estamos citando a ONU em nossas aulas, achei que seria interessante conhecermos um pouco mais sobre essa organização - apesar de eu já ter colocado um texto sobre ela na nossa parede-mural.
Matheus, em sua homenagem, no final, segue uma foto do atual Secretário-Geral, Ban Ki-Moon.

ONU
A Organização das Nações Unidas, também conhecida pela sigla ONU, é uma organização internacional formada por países que se reuniram voluntariamente para trabalhar pela paz e o desenvolvimento mundiais.

O preâmbulo da Carta das Nações Unidas – documento de fundação da Organização - expressa os ideais e os propósitos dos povos cujos governos se uniram para constituir as Nações Unidas:

“Nós, os povos das Nações Unidas, resolvidos a preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra, que, por duas vezes no espaço da nossa vida, trouxe sofrimentos indizíveis à humanidade, e a reafirmar a fé nos direitos fundamentais do homem, na dignidade e no valor do ser humano, na igualdade de direitos dos homens e das mulheres, assim como das nações grandes e pequenas, e a estabelecer condições sob as quais a justiça e o respeito às obrigações decorrentes de tratados e de outras fontes de direito internacional possam ser mantidos, e a promover o progresso social e melhores condições de vida dentro de uma liberdade mais ampla.”

“E para tais fins praticar a tolerância e viver em paz uns com os outros, como bons vizinhos, unir nossas forças para manter a paz e a segurança internacionais, garantir, pela aceitação de princípios e a instituição de métodos, que a força armada não será usada a não ser no interesse comum, e empregar um mecanismo internacional para promover o progresso econômico e social de todos os povos.”

“Resolvemos conjugar nossos esforços para a consecução desses objetivos. Em vista disso, nossos respectivos governos, por intermédio de representantes reunidos na cidade de São Francisco, depois de exibirem seus plenos poderes, que foram achados em boa e devida forma, concordaram com a presente Carta das Nações Unidas e estabelecem, por meio dela, uma organização internacional que será conhecida pelo nome de 'Organização das Nações Unidas.”

História da ONU

Depois da II Guerra Mundial, que devastou dezenas de países e tomou a vida de milhares de seres humanos, existia na comunidade internacional um sentimento generalizado de que era necessário encontrar uma forma de manter a paz entre os países. Porém a idéia de criar a ONU não surgiu de uma hora para outra. Foram necessários anos de planejamento e dezenas de horas de discussões antes do surgimento da Organização.

O nome Nações Unidas, foi concebido pelo Presidente Norte-Americano Franklin Roosevelt e utilizado pela primeira vez na Declaração das Nações Unidas de 12 de Janeiro de 1942, quando os representantes de 26 países assumiram o compromisso de que seus governos continuariam a lutar contra as potências do Eixo.

A Carta das Nações Unidas foi elaborada pelos representantes de 50 países presentes à Conferência sobre Organização Internacional, que se reuniu em São Francisco de 25 de abril a 26 de junho de 1945.

As Nações Unidas, entretanto, começaram a existir oficialmente em 24 de outubro de 1945, após a ratificação da Carta pela China, Estados Unidos, França, Reino Unido e a ex-União Soviética, bem como pela maioria dos signatários. 0 24 de outubro é comemorado em todo o mundo como o "Dia das Nações Unidas".

Durante a primeira reunião da Assembléia Geral que aconteceu na capital do Reino Unido, Londres, em 1946, ficou decidido que a sede permanente da Organização seria nos Estados Unidos. Em dezembro de 1946, John D. Rockefeller Jr. ofereceu cerca de oito milhões de dólares para a compra de parte dos terrenos na margem do East River, na ilha de Manhattan em Nova York (EUA). A cidade de NY ofereceu o resto dos terrenos para possibilitar a construção da sede da Organização.

Hoje em dia, a ONU possui, além da sede central em Nova York, sedes em Genebra (Suíça), Viena (Áustria), Nairóbi (Quênia) e escritórios espalhados em grande parte dos países do planeta.

Organizações internacionais que precederam a ONU

No final do século XIX países começaram a criar organismos internacionais para cooperar em assuntos específicos. Por exemplo, já em 1865 foi fundada a União Telegráfica Internacional, conhecida hoje como União Internacional de Telecomunicações (ITU) e em 1874 surgiu a União Postal Universal (UPU). Hoje ambas são agências do Sistema das Nações Unidas.

Em 1899 aconteceu a primeira Conferência Internacional para a Paz, em Haia (Holanda) que visava elaborar instrumentos para a resolução de conflitos de maneira pacífica, prevenir as guerras e codificar as regras de guerra.

A Organização que podemos chamar de predecessora da ONU é a Liga das Nações, uma instituição criada em circunstâncias similares durante a I Guerra Mundial em 1919 sob o Tratado de Versailles. A Liga das Nações deixou de existir devido à impossibilidade de evitar a II Guerra Mundial.

Secretário-Geral da ONU

Ban Ki-moon (República da Coréia) – 2007

O atual Secretário-Geral das Nações Unidas é o sul-coreano Ban Ki-moon, que assumiu suas funções no dia 1º de janeiro de 2007.

Ban Ki-moon, nasceu em 1944, na República da Coréia, e é o oitavo Secretário-Geral das Nações Unidas. Ele traz para o cargo 37 anos de experiência adquirida ao longo de uma extensa carreira no governo de seu país e na cena mundial. É formado em Relações Internacionais pela Universidade Nacional de Seul, e em 1985, obteve o Mestrado em Administração Pública da Kennedy School of Government da Universidade de Harvard (EUA).

No momento de sua eleição como Secretário-Geral, Ban era Ministro das Relações Exteriores e do Comércio da República da Coréia, onde ocupou diversos cargos – Assessor Principal do Presidente em assuntos de política externa, Vice-Ministro do Planejamento de Políticas e Diretor-Geral de Assuntos Norte-americanos. Ao longo de sua carreira, norteou-o sempre a visão de uma península coreana pacífica, capaz de desempenhar um papel cada vez mais importante em prol da paz e da prosperidade na região e no mundo.

Suas relações com a Organização das Nações Unidas remontam a 1975, quando foi funcionário da Divisão das Nações Unidas do Ministério das Relações Exteriores de seu país. Seu trabalho foi ganhando maior dimensão ao longo dos anos, tendo desempenhado os cargos de Primeiro-Secretário da Missão Permanente da República da Coréia junto à ONU em Nova York (EUA), Diretor da Divisão das Nações Unidas no Ministério em Seoul (Coréia do Sul) e Embaixador em Viena (Áustria), em 1999, quando desempenhou as funções de Presidente da Comissão Preparatória da Organização do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares.

Em 2001-2002, como Chefe de Gabinete do Presidente da Assembléia Geral, facilitou a rápida adoção da primeira resolução da sessão, que condenou os atentados terroristas de 11 de setembro, e tomou algumas iniciativas que visavam melhorar o funcionamento da Assembléia. Contribuiu, assim, para que uma sessão que começou em um ambiente de crise acabasse por ser marcada pela adoção de algumas reformas importantes.